Radiação Ionizante
Daiana Seibert, Elisa V. Soares, Luana Braun.1
A radiação ionizante pode ser definida, segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) como sendo a radiação que possui propriedades as quais a energia liberada pelos átomos é capaz de interagir com a matéria arrancando elétrons de seus átomos (ionização) e modificando as moléculas. As radiações classificadas como ionizantes são: Radiação Gama, Raios-X, Radiação Alfa, Radiação Beta, que são ondas eletromagnéticas de frequência muito elevada (DORE, 2004).
De acordo com Kalil & Costa (1994) a radiação ionizante é utilizada como um método de esterilização (eliminação ou destruição completa de todas as formas de vida microbiana) aplicado principalmente na medicina em tecidos destinados a transplantes. O efeito letal aos microrganismos exercido pela radiação ionizante se dá pelo ataque ao material genético da célula (DNA e/ou RNA) que leva a quebras duplas dessas moléculas produzindo mutações ou apoptose (LAS CASAS, 2004). Além da medicina, a agricultura também faz uso da radiação ionizante para a esterilização e conservação de alimentos. Em um estudo realizado por Neves et al (2002) demonstrou que o uso de radiação gama se mostrou eficiente na melhor conservação dos atributos de qualidade da nectarina cv.”Sunred”( espécie de pêssego chinês), prolongando seu período de conservação pós-colheita sem influência sobre os parâmetros nutricionais avaliados.
Na área ambiental as radiações ionizantes são utilizadas em diversos processo de tratamento de resíduos como no caso de resíduos industriais contendo espécies organocloradas (FREIRE et al, 2000, pag.509), no tratamento de óleo de corte (DUARTE et al, 2004),no tratamento de lixiviado de aterro sanitário (VASCONCELOS et al ,2008), no processo de recuperação de compostos de borrachas butílica e halobutílica (MARTIN, 2013),dentre outros.
Materiais poliméricos como plásticos e borrachas fazem parte de resíduos urbanos e