racismo
O Brasil foi construído a partir sofrimento, da tortura e da morte promovida por um regime de escravidão que durou 388 anos e que custou o seqüestro e o assassinato de aproximadamente 7 milhões de seres humanos africanos e outros tantos milhões de seus descendentes. Cabe lembrar também o genocídio da população originária, renomeada indígena: estima-se que os portugueses encontraram nestas terras mais de 1 000 povos que perfaziam de dois a seis milhões de pessoas. Sem dúvida, trata-se de um dos maiores crimes de lesa-humanidade já vistos.
20 de Novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra. É o momento de celebrar a memória Zumbi dos Palmares e Dandara, herói e heroína do povo brasileiro. Mas acima de tudo é um dia de reflexão e busca de novas formas para enfrentar o racismo que, infelizmente ainda hoje dificulta e tira a vida de mulheres e homens em todo o país.Nos acostumamos às notícias que reafirmam a enorme desigualdade social, violências e desequilíbrio de oportunidades que afetam ainda hoje a população negra no Brasil, herança direta daquele período.
Mas hoje, feriado em São Paulo e em outras mais de mil cidades e 5 estados do país, é preciso destacar e reafirmar a atuação que escolhemos e acreditamos ser a mais eficiente maneira de combater o racismo e tudo que cerca e alimenta na mentalidade coletiva a naturalização da violência e as injustiças dirigidas ao povo negro brasileiro: a Educação Popular.
Os Cursinhos Comunitários da UNEafro-Brasil , organizados em 42 Núcleos de Base em bairros de periferias de São Paulo (a maioria), mas também em Duque de Caxias (RJ), em Salvador (BA) e no Pará (Altamira), se propõe ao mesmo tempo, oferecer um serviço de reforço escolar e preparação para vestibulares e para o ENEM e trabalhar também conteúdos que visam o aguçamento da capacidade crítica dos estudantes e seu possível engajamento nas causas populares de enfrentamento ao racismo, ao machismo, à homofobia e a