Racismo e Antirracismo no Brasil
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‘Racismo e Antirracismo no Brasil’ Como todos tem um sexo, uma idade , uma nacionalidade , tem também uma raça. Tanto a extremo uso quanto a completa invisibilidade do contexto de ‘raças’ se baseiam hoje em dia numa mesma concepção realista de ciência e numa mesma atitude de repulsa : o racismo. A biologia nega a existência de raças humanas e esse conceito de ‘raças’ é tão cheia de ideologias opressivas que o seu uso ou sua aceitação só causariam justificativas para o racismo e para criar a idéia de que a desigualdade entre os grupos humanos. A postura do autor neste livro é a de defensor do uso de conceito de ‘ raças ‘ pois ele acredita que seja possível construir tal conceito dispensando qualquer fundamentação natural, objetiva ou biológica. ‘Raça’ é um conceito relativamente recente, que anteriormente significou um grupo ou categoria de pessoas conectada por uma origem comum. Além disso, é um conceito de limitado alcance para classificar os seres humanos e que pode ser substituído pela idéia da população. Sendo chamado de um jeito ou de outro, a diversidade genética das pessoas não difere significativamente, entre os grupos distintos. A única diferença seriam os grupos sanguíneos. Entretanto, depois da guerra, para seguir a genética pós-darwiniana, alguns cientistas sociais começaram a considerar ‘raça’ como um grupo de pessoas que numa dada sociedade é definido como diferente dos outros grupos por diferenças físicas. Alguns sociólogos, pelo significado que o conceito ganhou rejeitam a distinção entre raça e etnia, e preferem falar apenas de ‘etnia’. Na opinião do autor é difícil imaginar um modo de lutar contra uma imputação ou discriminação sem dar realidade social. Afinal se não for a ‘raça’ ao que ligar as descriminações? . O debate conceitual em torno de ‘raças ‘ e de ‘relações raciais’ foi se acirrando tanto que colocou em duvida ate seus especialistas. Por exemplo, Pierre van der Berghe, escreveu sobre o assunto em 1970. A