Racismo no futebol
A essencialização da cultura está presente nas elaborações jornalísticas e populares. Um grande exemplo muito emblemático é a copa do Mundo disputada no Brasil em 1950, que o resultado foi repercussões no imaginário popular jornais e livros. Podendo dizer que esse evento ficou marcado na memória dos brasileiros.
As pessoas que vivenciaram essa Copa e também até aquelas que apenas liam em jornais ou tinham noticias pela televisão descrevem sentimentos com pouca variação. Apesar das conquistas do vice-mundial o povo esperava o titulo de campeão do mundo.
Vogel analisa as representações sociais sobre a copa do mundo de 1970 e seus entrevistados, todavia faziam alusão a derrota de 1950, embora passado 20 anos. Mostrando, então, como esses eventos podem espelhar no comportamento de uma sociedade urbana, ja o racismo é compreendido no espaço social do futebol como algo de valor sublimado que denuncia a nação afro-brasileira colocando a etnia em um patamar superior.
No Brasil é dito que "Somos os melhores do Mundo", portanto deve-se dizer que há uma oscilação no comportamento de onipotência para o de impotência, esse tipo de pêndulo sentimental não define nenhuma singularidade. No caso do Brasileiro na copa de 1950 contribuiu para uma compreensão dinâmica e social que envolve mitos do futebol Brasileiro.
Mito e Realidade
Guedes tratou o tema da Copa de 1950 com base nos jornais editados durante a competição, que demonstravam características como o espírito de unidade, de divisão/fragmentação e de “morte social” que se associaram á hierarquia racial. Afirmando então, que a discriminação racial cumpre o seu papel explicador na derrota de 1950. Assim, Guedes associa a idéia de ‘’morte’’ a ideia de “racismo”.
Guedes afirma que a associação de morte sempre traz consigo culpados, criminosos e enterros. De forma que Barbosa aparece como culpado por ter cometido um erro imperdoável de posicionamento para um goleiro.