Racismo no Futebol Brasileiro tica Pol tica e Sociedade
O racismo no Brasil foi trazido pelos colonizadores portugueses. Na época do descobrimento, Portugal era uma das sociedades mais intolerantes da Europa, como exemplo temos os Judeus, que viviam lá há séculos e foram expulsos em decorrência do crescente antissemitismo na Península Ibérica. Por isso o preconceito baseado na aparência física, na cultura ou na religião foi trazido junto com os colonizadores portugueses.
O conceito de Democracia Racial, diz que, no Brasil, diferente de outros países, há uma convivência pacífica das etnias, e que todos teriam chances iguais individualmente de sucesso. Gilberto Freyre, sociólogo brasileiro dos anos 1930, foi responsabilizado pela criação deste pensamento. Mas isso nega toda a era de escravidão no Brasil.
O sociólogo Florestan Fernandes, foi o responsável por desmontar o conceito e Democracia Racial. Um trabalho feito no início da década de 1950, sob patrocínio da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), tinha como objetivo provar que podia haver convivência harmoniosa entre "raças" em uma sociedade nacional, mas ao contrário do que parecia, as pesquisas mostraram que o racismo no Brasil existe e causa sérios prejuízos a sua população negra.
Em princípios do século XX, o futebol no Brasil, como quase todos os esportes, era uma atividade de elite, de afirmação social de determinados grupos brancos e intelectualizados, que se representavam como os mais saudáveis, finos e educados — os melhores da cidade. No caso do Rio de Janeiro, o futebol era mais um local de reprodução das hierarquias socais e raciais, de comprovação da supremacia branca no pós-abolição, como já é, superficialmente,