Racismo No Brasil
Para entendermos as relações raciais no Brasil, temos que entender o contexto social, cultural e intelectual no qual as ideias brasileiras sobre as raças emergiram e disseminaram. Aqui o Racismo se conformou com ideologia e se materializou na cultura, determinando comportamentos e valores de uma forma inusitada nas organizações e nos indivíduos.
É importante destacar que o século XIX, foi o século que se dá o fortalecimento e a consolidação das ideologias racistas.
Foi nesse contexto que a discussão sobre a superioridade e a inferioridade das raças ganhou força no Brasil. O Cientista brasileiro João Batista Lacerda, estudou sobre a classificação indígena, sistematizaram estudos sobre as raças, nesse estudo encontraram argumentos para contornar a visão negativa sobre a mistura das raças, pois havia uma preocupação da elite com a aparente alta taxa de miscigenação e com os conflitos raciais existentes.
Inventaram, então, a tese do branqueamento, na qual presumiram que a seleção natural e social, inspirada no darwinismo social, levaria ao desaparecimento progressivo do índio e negro.
O Racismo no Brasil nasce e permanece fundamentado em teorias cientificas que se propôs a explicar que as desigualdades entre os seres humanos estão nas diferenças biológicas. Mas foi no sistema escravista que encontraram condições propicias para a sua aplicação, pois estas justificavam a escravização dos povos africanos. E é nesse período que o racismo se torna expressão conjugada do preconceito de cor; negro=inferior e o preconceito de classe; negro=pobre.
A destruição das culturas africanas para a dominação foi um fator importante para a fecundação do terreno onde o racismo estava sendo construída, a ausência de referencias positivas favoreceu a criação de estereótipos e estigmas que, imputados ao afro brasileiro promoveu profundas desigualdades sociais.
O Racismo tornou se uma ideologia, fruto da ciência europeia a serviço da dominação. A