racismo astrologico
Novos dogmas para justificar velhos preconceitos
Por Helena Avelar
"Escorpião?!? Que horror!"
"Ascendente Capricórnio: ambicioso e materialista..."
"Lua na Casa VIII... é kármico! Numa vida passada foste muito mau..."
Quantas vezes já ouvimos uma afirmação deste tipo?
Lançadas em tom de brincadeira ou murmuradas em jeito de revelação, o certo é que este tipo de afirmação bombástica causa sempre os seus estragos...
E o pior é que estas e outras supostas "revelações astrológicas" têm ajudado a denegrir a imagem da Astrologia. Quem alimenta este tipo de abordagem está a retirar à Astrologia o seu papel de "ferramenta" de crescimento e auto-consciência.
E no entanto, quase todos os que estudam Astrologia deparam com situações deste tipo. Alguns (muitos) foram mesmo vítimas directas destas atitudes.
O cenário é sempre o mesmo. O estudante resolve mostrar o seu mapa natal a alguém que, supostamente, percebe de Astrologia. Mostra-o com boa-fé e confiança, esperando uma interpretação construtiva, mas acaba por se sentir apontado, julgado e condenado. Em lugar de uma descrição sensata e construtiva das suas características, potenciais e limitações, vê-se atingido por uma série de frases feitas e dogmas, que o acusam e condenam. Sem remissão. E - pior ainda - esta condenação vem em nome de pretensas culpas e crimes "de vidas anteriores" das quais, obviamente, não tem qualquer memória (e, portanto não pode negar nem defender...).
É natural que uma pessoa sujeita a tal experiência hesite muito da próxima vez que se arriscar a mostrar o seu mapa a alguém - se é que mais alguma vez voltará a fazê-lo... São situações como esta que transformam um potencial interessado em Astrologia em alguém que não quer nem ouvir falar no assunto. Para muitos esta primeira abordagem - dogmática, constrangedora e rejeitante - foi também a última!
E se esta atitude já é grave quando é propagada por estudantes, pior ainda quando a encontramos em