Racionalismo x empirismo
Racionalismo cartesiano é uma doutrina que atribui à Razão humana a capacidade exclusiva de conhecer e de estabelecer a Verdade. Opõe-se ao empirismo, colocando a Razão independente da experiência sensível, ou seja, rejeita toda intervenção de sentimentos, somente a Razão.
Todo homem, segundo Descartes, possuía razão, a capacidade de julgar e de discernir o verdadeiro do falso. O homem deve seguir um método para conduzir bem a sua razão e procurar a verdade nas ciências, afirma que devemos rejeitar como falso tudo aquilo do qual não podemos duvidar, somente devemos aceitar as coisas indubitáveis.
Segundo Descartes: “Todo o método consiste na ordem e na disposição das coisas para as quais devemos voltar o olhar do espírito, para descobrir alguma verdade”. O eu, seria uma substância que pensa, duvida, concebe, afirma, nega, que quer, e que não quer, que imagina e que sente.
Opondo-se aos gregos antigos e escolásticos, que pressupunham que as coisas existem simplesmente porque precisam existir, Descartes instituiu a dúvida como princípio metódico.
Teve o sentido de metodicamente duvidar de tudo: ampliar a dúvida ao máximo, questionar a existência da realidade, das ideias inatas e até mesmo a própria inocência do sujeito, ampliando a duvida à sua máxima dimensão. Descartes acabou concluindo que a dúvida é levada ao seu limite, desse ponto passa-se a buscar sua própria superação. Em outras palavras, a ampliação da dúvida permite extrair dela um núcleo de certeza. Com base nessa ideia é possível chegar ao desconhecido, chegando ao cogito ergo sum – “Penso, logo existo”.
Do ponto de vista metodológico, a ideia apresentada por Descartes foi de só se considerar verdadeiro o que fosse racionalmente evidente, intuível com clareza e precisão.
Os preceitos (verdade, análise, síntese e enumeração) deixam claro que para Descartes o método devia assegurar o emprego adequado da razão, tendo em vista duas operações intelectuais fundamentais: