RACIONALISMO VERSUS EMPIRISMO E A SÍNTESE KANTIANA

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Matéria de HPF

RACIONALISMO VERSUS EMPIRISMO E A SÍNTESE KANTIANA

O racionalismo de Descartes defende que as pessoas possuem algumas idéias inatas, ou seja, idéias que já nascem com a pessoa, portando, que são independentes da sua experiência com o mundo exterior.
Jonh Locke, representante do empirismo, no seu Ensaio acerca do entendimento humano, critica a teoria das idéias inatas de Descartes. Ele concebe que a alma é como uma lousa sem inscrições, como uma lousa em branco, e, dessa forma, o processo de conhecimento só se inicia na relação com os objetos, na experiência sensível.
Vamos ver um texto do próprio Locke sobre esse assunto.

“Suponhamos que a mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer idéias; como será suprida? De onde lhe provém este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo, numa palavra, da experiência. Todo o nosso conhecimento está nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento.” LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril cultural, 1973, p.165. (Coleção Os Pensadores)

Dessa forma, os racionalistas, de um modo geral, priorizam a razão no processo do conhecimento e aceitam a existência de ideias inatas, independentes da experiência. Já os empiristas, de um modo geral, enfatizam o papel da experiência sensível para aquisição do conhecimento. O conhecimento depende e resulta da soma e associação das sensações exteriores na percepção, ou seja, o sujeito na aquisição do conhecimento tem uma relação passiva com o mundo. Porém, segundo Kant, as investigações sobre o conhecimento não devem partir dos objetos do conhecimento, mas sim da própria razão que produz o conhecimento. Kant irá concluir nos seus estudos que não são os sujeitos que se conformam aos objetos, mas sim que são os objetos que se

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