Química
A sustentabilidade é um tema atualmente muito discutido em vários segmentos do meio acadêmico.
Isso ocorre devido à conscientização por meio de pesquisas científicas de que o impacto ambiental promovido pela humanidade para o desenvolvimento das nações pode se tornar o limite desse mesmo desenvolvimento, além de causar danos tanto reversíveis e custosos a longo prazo, como irreversíveis à humanidade e ao mundo.
Inúmeros são os impactos ambientais provocados por ações antropogênicas, entretanto, neste trabalho, serão enfocadas apenas as relações entre o aspecto de obtenção de energia e os impactos ambientais gerados. Atualmente, o desenvolvimento sustentável é visto como uma necessidade mundial, uma ferramenta para que as gerações futuras tenham condições de sobreviver.
A sustentabilidade abrange várias dimensões: política, social, técnico-econômica e ambiental, sendo que o setor energético está conectado a todas estas dimensões, pois nelas gera impactos benéficos ou maléficos. “Os níveis de suprimento energético e a sua infra-estrutura interagem biunivocamente com o desenvolvimento sócio-econômico, e conseqüentemente impactam o meio ambiente e portanto a sua sustentabilidade” (Udaeta,1997). A possibilidade de desenvolvimento sustentável no setor energético é portanto dinâmica (por ser afetada por questões sócio-econômicas, recursos e fontes, e meio ambiente), e implica em respostas das dimensões social, econômica, política e ambiental.
Segundo Udaeta (1997), os seguintes aspectos poderiam ser identificados numa política energética baseada no desenvolvimento sustentável:
Garantia de suprimento, através da diversificação das fontes, novas tecnologias e descentralização da produção de energia;
Uso, adaptação e desenvolvimento racional de recursos;
Custo mínimo da energia;
Valor agregado a partir dos usos, gerados pela e na otimização dos recursos;
Custos reais na energia, contemplando impactos