química
REV BRAS ANESTESIOL 1997; 47: 5: 425-434 ARTIGO CIENTIFICO
Maria P.B. Simonetti TSA*, Emilia A. Valinetti TSA**, Flávio Mauá Chaves Ferreira*** Apresentado em 20 de março de 1997
Aceito para publicação em 23 de maio de 1997
Correspondência: Maria P.B. Simonetti. Alameda Franca, 1436/161. 01422-001 São Paulo, SP RESUMO
Justificativa e Objetivos - O cloridrato de bupivacaína utilizado clinicamente é uma mistura racêmica de dois enantiômeros: a S(-) bupivacaína e a R(+)bupivacaína. Tem sido demonstrado que a R(+) bupivacaína (isômero dextrógiro) é mais cardiotóxica. Recentemente a Indústria Farmacêutica desenvolveu a técnica de separação (resolução) dos enantiômeros, preparando a bupivacaína isomérica levógira, por apresentar menor efeito cardiotóxico potencial. Este novo anestésico local (levobupivacaína) está sendo submetido à fase pré-clínica para avaliação de sua eficácia como anestésico local. Com o intuito de investigar a atividade bloqueadora de nervo periférico, a levobupivacaína foi comparada com a bupivacaína racêmica em nervo ciático de rato.
Método - Foram estudados dezoito ratos, divididos em dois grupos: Grupo I, (n=9), foi injetada levobupivacaína 0,5% (0,2 ml) na região periarticular da pata direita, no trajeto do nervo ciático; Grupo II, (n=9), foi injetado 0,2 ml da bupivacaína racêmica 0,5%, utilizando-se a mesma técnica. Foram estudados: o tempo de instalação do efeito (latência), duração do bloqueio motor e bloqueio sensitivo. Para a avaliação do bloqueio sensitivo foi produzido um estímulo pressórico (gramas/segundo) com o equipamento Analgesy-meter, e aplicado o teste de Randall-Selitto. Os animais foram observados por 24 horas para detecção de eventuais seqüelas.
Resultados - O tempo de instalação do efeito (latência) foi significativamente menor com a levobupi (Grupo I), enquanto que a duração do bloqueio foi igual