Química
MINI-CURSO SOBRE “Perfume: uma ciência por trás de um aroma”
PERFUME: Uma ciência por trás de um aroma
Um ser humano tem cerca de 5 milhões de células receptoras de odores nas cavidades nasais, enquanto um coelho dispõe de 100 milhões e um cão de caça, de 220 milhões. Mesmo estando em desvantagem, o olfato é um dos sentidos mais apurados nos seres humanos (é cerca de dez mil vezes mais sensível que o paladar) e está ligado às emoções, sensações e impulsos sexuais.
Acredita-se que os perfumes primitivos surgiram quando o homem passou a dominar o fogo, há mais ou menos 500.000 anos a.C., e provavelmente estavam associados a atos religiosos. Os deuses eram homenageados com a oferenda de fumaça proveniente da queima de madeira e folhas secas.
Mais tarde essa prática foi sendo incorporada pelos sacerdotes dos mais diversos cultos, que utilizavam folhas, madeira, materiais de origem animal e incenso, na crença de que a fumaça com cheiro adocicado levaria suas preces para os deuses.
A palavra perfume, portanto, tem origem nas palavras latinas per, que significa “origem de”, e fumare, que significa “fumaça”.
Todo perfume é preparado a partir de quatro ingredientes básicos:
Óleo essencial: mistura de substâncias aromáticas que pode ter origem vegetal, animal, sintética ou ser uma combinação de princípios aromáticos de origens diversas e que é responsável pelo aroma característico do perfume.
Solvente: usado para dar ao perfume a concentração desejada da essência, tornando-o vendável quanto ao aroma e ao preço. Os solventes mais comuns são a água e o álcool etílico.
Fixador: usado para retardar a evaporação do princípio aromático tornando o aroma mais duradouro. Pode inclusive fazer parte da essência.
Corante: é de uso opcional e pode tornar o produto mais atraente para o consumidor. Os mais comuns são a clorofila, o sândalo e a cochonilha.