Química nos cosméticos
A utilização de cosméticos – ou seja, compostos químicos destinados a melhorar a nossa aparência – não é um fenómeno recente. Consta que a rainha egípcia Cleópatra tomava banho em leite, como forma de manter a pele bonita e macia. O que provavelmente até resultava, porque está comprovado que o ácido lático – um dos compostos químicos constituintes do leite – atua sobre as camadas mais profundas da epiderme, promovendo a remoção das células mortas e a renovação da pele.
Na antiga Grécia, três mil anos antes de Cristo, as mulheres usavam pó de carbonato de chumbo para empalidecer o rosto. Infelizmente, sabemos hoje que o carbonato de chumbo é tóxico e é possível que a busca da beleza tenha custado a vida a algumas destas mulheres.
Em muitos casos, estes diferentes produtos cosméticos têm uma forte componente de inovação científica, desenvolvida nos mais modernos laboratórios de investigação. Basta dizer que a indústria de cosméticos foi uma das primeiras a adaptar os novos recursos da nanotecnologia, através do uso de nano partículas para melhorar a qualidade dos seus produtos e satisfazer os anseios dos seus clientes.
As nano partículas são partículas de dimensão intermédia entre a escala dos átomos e a dos materiais macroscópicos. Qualquer coisa como mil vezes maior que o diâmetro de um átomo e mil vezes menor que a espessura de um cabelo.
Esta característica confere-lhes propriedades únicas, e que podem ser moduladas pela alteração do tamanho.
Exemplos típicos da aplicação de nanotecnologia em cosméticos são as nano partículas de dióxido de titânio nos protetores solares (que conferem uma