Química dos remédios
“Cada medicamento para tratamento de infecção possui mecanismos específicos sobre as bactérias”, enfatiza o professor Fernando Marques Rodrigues da Faculdade São Lucas.
Especialista em Biomedicina, Fernando explica que alguns medicamentos afetam a bactéria na parede celular, como é o caso da penicilina; a síntese de DNA, outros mexem com a permeabilidade da membrana e tem aqueles que atuam no metabolismo das bactérias, alterando os quadros das infecções. “Todos agem na reprodução das bactérias. Momento em que se preparam para a reprodução”, observa o professor.
As tetraciclinas, por exemplo, são inibidores específicos do ribossoma procarotico (organelas presentes na estrutura celular) e tem a função de bloquear o receptor durante a tradução génica. Ela é capaz de diminuir a síntese proteica em células mamíferas, principalmente ao nível das mitocôndrias, o que impede a replicação e leva à morte celular.
Estudo realizado nos Estados Unidos revela a ação das três principais classes de antibióticos. Os resultados apontam que as drogas produzem moléculas destrutivas que fatalmente danificam o DNA bacteriano por meio de uma longa cadeia de eventos celulares. Os antibióticos impedem a bactéria de produzir parede celular (sua proteção). Sem a parede celular, as bactérias morrem.
Alguns vírus bacterianos são resistentes aos antibióticos, podendo se multiplicar mesmo com a aplicação dos medicamentos. Nesses casos, é necessário trocar o remédio e aumentar a dose ingerida pelo paciente.
Efeitos colaterais
Para o professor os efeitos colaterais podem ser diversos e essa variação está ligada ao tipo da droga utilizada no medicamento. Ao agir no combate as