Química de Coordenação do Cobalto
Nos compostos de coordenação, os metais encontram-se cercados por grupos que são chamados de “ligantes”. O ramo da química inorgânica responsável pelo estudo dos comportamentos das combinações metal – ligante, é chamado “química de coordenação”.
As primeiras e mais fundamentais investigações sobre a química de coordenação se deram entre 1875 e 1915, pelo químico dinamarquês S. M. Jørgensen (1837 – 1914) e pelo químico suíço Alfred Werner (1866 – 1919). Quando eles começaram seus estudos, a natureza dos compostos de coordenação era um grande quebra-cabeças, que as idéias contemporâneas de valência e de estrutura não conseguiam montar. Por exemplo: como podia um sal de um metal estável (e.g., MCln) se combinar com um grupo de moléculas de existência independente (e.g., x NH3) para formar um composto M(NH3)xCln com propriedades totalmente diferentes? Como se formavam essas ligações? Qual era a estrutura?
Depois de anos de estudo, Jørgensen e Werner conseguiram responder a muitas das dúvidas que existiam até então. Werner desenvolveu o conceito de ligantes ao redor de um íon metálico central e deduziu as estruturas geométricas de muitos dos compostos formados. Por todo seu trabalho, Werner foi agraciado com o Prêmio Nobel de Química, em 1913.
2. A Química de Coordenação do Cobalto
As propriedades relativas à baixa estabilidade dos estados de oxidação muito elevados e a alta estabilidade do estado II em relação ao III, que ocorrem ao longo da série Ti, V, Cr, Mn e
Fe persistem no Cobalto. O estado de oxidação mais elevado é o IV, e apenas poucos compostos são conhecidos. O Co(III) é relativamente instável em compostos simples, mas os complexos de spin baixo são bastante numerosos e estáveis, especialmente quando os átomos doadores (geralmente o nitrogênio) apresentam forte contribuição ao campo ligante. Existem também numerosos complexos de Co(I). Esse estado de oxidação é mais freqüente no cobalto do que em qualquer