química analítica chumbo
Lílian Irene Dias da Silva1
Manuel Castro Carneiro2
Thais de Lima Alves Pinheiro Fernandes3
Introdução
Os alquimistas acreditavam que o chumbo era o mais antigo dos metais e o associa‐ vam ao planeta Saturno: saturnismo, ainda hoje, é o envenenamento por inalação ou ingestão de chumbo. Este elemento tem uma vasta gama de aplicações, sendo um dos metais mais utilizados no mundo.
O chumbo raramente é encontrado no seu estado natural, mas sim, em combinações com outros elementos, sendo os mais importantes, os minérios galena (PbS), cerus‐ sita (PbCO3) e anglesita (PbSO4). A galena geralmente ocorre associada com a prata e é o mínero‐mineral mais importante de chumbo. O zinco, o cádmio, o cobre, o ouro e o antimônio são outros metais que, por vezes, aparecem associados ao chumbo.
A química analítica apresenta um conjunto de ferramentas fundamentais para as ciências ambientais, tecnológicas e para a legislação. Num primeiro momento, as análises de amostras ambientais devem contribuir para responder questões quanto à identidade e concentração dos poluentes. Um estudo mais detalhado deve ser capaz de contribuir para a elucidação da mobilidade, estabilidade, transformações, acumulação e efeitos de curto e longo prazo das espécies presentes no ecossistema.
Independente do nível de detalhamento da abordagem, a amostragem é sempre a primeira etapa de qualquer procedimento analítico (Figura 1).
1 Mestra em Química Analítica pelo IQ ‐ Instituto de Química da UFRJ – RJ.
2 Doutor em Química Analítica pela Universidade de Barcelona – Espanha.
3 Doutora em Ciência de Materiais e Metalurgia pela PUC‐Rio.
Química analítica aplicada ao estudo do chumbo
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Figura 1 ‐ Etapas de um procedimento analítico completo (Cornelis et al., 2003).
Definição do