1 INTRODUÇÃO A Quiromancia é uma das mais importantes matérias incluídas nas chamadas Ciências Herméticas. Uma significativa referência sobre as marcas que trazemos estampadas nas mãos encontra-se na Bíblia, no Livro de Jó, capítulo XXXVII, versículo 7 “o que põe como um selo sobre a mão de todos os homens, para que cada um reconheça suas obras.” A arte de ler os sinais impressos na mão fazia parte da cabala judaica, mas não foi criada pelos doutores dos tempos de Moisés. Veio de mais longe ainda; era um ramo da astrologia e integrava os Mistérios Maiores, conhecidos e praticados pelos sacerdotes dos templos egípcios. Ora, como atualmente sabemos que a impressionante época faraônica não foi o apogeu, mas, sim, o entardecer de um período ainda mais glorioso; como sabemos que os místicos doutores egípcios eram apenas os herdeiros e guardiães dos segredos de uma avançadíssima civilização, cujo rastro a história perdeu, podemos, então, supor que a astrologia e a quiromancia antecederam os faraós e são ciências tão ou mais antigas que o mais antigo mistério existente na face da terra: a Esfinge. A Quiromancia vinda de um passado remoto foi defendida por sábios como Platão, estudada por Aristóteles, a quem se atribui o tratado de Cyromancia Aristotelis, e utilizada por Julio Cesar. Separada da Astrologia por volta do século XVI, passou a ser Quiromancia Física, ocupando-se quase que só de sinais da mão e deixando de considerar os tipos planetários e os assinalamentos astrais, que lhe davam tanto valor. A partir dessa época entrou em aparente declínio. Seus segredos foram guardados por hermetistas e sua estrutura geral perdeu toda a solidez. Depois de um longo período de obscuridade, onde a arte de ler as linhas das mãos foi quase que somente cultivada pelos ciganos, e de modo mais intuitivo que científicos homens ilustres como Saint Germain, Raphael, Desbarrolles e Papus devolveram-lhe o antigo prestígio.
Hoje ela desperta mais atenção do que