Quinto Império
Trabalho realizado por: Miguel Cardoso nº17 e
Nuno Vasconcelos nº18
Docente: António Souto
Disciplina: Português
Os símbolos- “Quinto
Império”
Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz -Ter por vida sepultura.
Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!
E assim, passados os quatro
Tempos do ser que sonhou,
A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,
Europa -- os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?
Localização do poema na obra, análise externa e interna
Este poema “Quinto Império” localiza-se na Terceira Parte do Encoberto da
“Mensagem” e refere-se ao mito sebastianismo.
Análise externa
Esquema rimático: a / b / a /a / b
Heptassílabo ou redondilha maior
Triste de quem vive em casa, a
Contente com o seu lar, b
Sem que um sonho, no erguer de asa, a
Faça até mais rubra a brasa a
Da lareira a abandonar! b
Rima Interpolada
Rima
cruzada
Análise Interna
Divisão do poema “Quinto Império” em duas partes
Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!
Paradoxos
Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz -Ter por vida sepultura.
Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!
Campo Lexical de «casa»: «lar»,
«lareira».
Uso expressivo do verbo «durar» e dos substantivos «raiz» e
«sepultura».
E assim, passados os quatro
Tempos do ser que sonhou,
A