Quine- Dois Dogmas do Empirismo (Analítico e Sintético)
A visão de Quine tem raízes na leitura do Empirismo feita a partir de Kant, ele exalta a dificuldade que há em definir um conceito quanto a essas duas vertentes do dogma, fazendo-se notar sua precária aplicabilidade. Afirmando que essa distinção não é fundamental, não havendo diferença objetiva entre sentenças analíticas e sintéticas.
As declarações são analíticas quando verdadeiras em virtude de significados e independente de fatos. O significado nesse caso é aquilo no que a essência se transforma quando, divorciada do objeto de referência, é vinculada a palavra. A partir disso fica notório a explicação de Quine em uma de suas várias tentativas, quanto a noção da contradição do analítico, e afirma que a noção de uma proposição analítica requer uma noção de sinonímia, mas estabelecer sinonímia leva inevitavelmente a questões de fato - proposições sintéticas. Assim, não há como não circular para aterrar a noção de proposições analíticas.
Em outra tentativa, Quine mostra que analítico também pode ser definido através de seus termos possíveis, que podem nomear a mesma coisa e diferir em significado. Logo encontramos a Analiticidade, dividida em duas classes a logicamente verdadeira, em que um enunciado é verdadeiro e assim permanece sob todas as reinterpretações, e a outra em que o enunciado pode ser transformado em verdade lógica por meio da substituição dos sinônimos.
O que nos leva a permutabilidade, quando em todas as sentenças pode-se substituir uma expressão por outra sem que altere seu sentido.