Quimica
Apesar de milhares de enzimas conhecidas e de seus múltiplos usos, somente algumas se converteram em catalisadores em processos industriais. Esta escassez de processos enzimáticos em escala industrial é o resultado da ausência de estudos integrais que solucionem os problemas existentes quando propõe-se o projeto de reações enzimáticas. Tais reações ocorrem nas células vivas, em processos industriais diversificados, na produção de alimentos, no próprio organismo pela ingestão, assim como na produção de medicamentos.
O objetivo desta revisão é relatar algumas enzimas que podem ser utilizadas na indústria farmacêutica, alimentos e química mostrando a importância das mesmas, devido sua especificidade e buscando processos tecnológicos mais limpos e empregando técnicas que possam resultar em processos mais baratos. A imobilização e estabilização das enzimas são etapas muito importantes no que se refere à adoção de biocatalisadores ativos e estáveis no setor industrial, pois permite superar desvantagens da perda da enzima em meio aquoso e da instabilidade operacional no uso industrial das enzimas, tornando-as catalisadores ideais para a produção e transformação de compostos bioativos, principalmente na indústria farmacêutica e de alimentos. Dentre as enzimas que são utilizadas em processos industriais, destacam-se as proteases, as quais ocupam 60 % do mercado mundial de vendas em decorrência de sua aplicação em diferentes atividades, tais como processamento de alimentos e bebidas, formulação de detergentes e, em especial, na produção de medicamentos. A produção destas enzimas por diferentes micro-organismos tem sido bastante relatada na literatura, especialmente por fermentação submersa. Dentre as proteases, destaca-se a quimotripsina, uma serina