Este sistema usa as moléculas de malato e aspartato para transpor- tar os elétrons e prótons que estão associados ao NADH.H+ no citoplasma da célula (Figura 11.2). Este sistema de transporte envolve também outras moléculas normalmente presentes na matriz mitocondrial e no citoplas- ma. Você se lembra do oxaloacetato do ciclo do ácido cítrico? Pois é. Um íon hidreto ligado ao NADH.H+ é transferido para o oxaloacetato, formando malato no citoplasma da célula. A membrana interna mito- condrial tem um transportador de malato do tipo antiporter, que leva o malato do citoplasma para dentro da mitocôndria e, simultaneamente, transporta um α-cetoglutarato da matriz mitocondrial para o citoplasma. Na matriz mitocondrial, o malato volta a oxaloacetato, transferindo o íon hidreto para o NAD+ mitocondrial, formando novamente NADH.H+. Note que apenas o íon hidreto foi transportado. O NAD+ citoplasmático não é capaz de atravessar a membrana interna mitocondrial. O oxaloa- cetato é convertido em aspartato, que pode, então, sair da mitocôndria por um transportador (antiporter) que, em troca, transfere glutamato do citoplasma para a matriz mitocondrial. Figura 11.2: A lançadeira malato-aspartato utiliza várias moléculas que também funcionam como intermediários de vias metabólicas importantes, como o oxaloa- cetato e o malato do CAC, por exemplo. Este sistema de transporte permite que os NADH.H+ gerados no citoplasma durante a glicólise possam ser usados na CTE que ocorre dentro da mitocôndria. 1 2 C E D E R J C E D E R J 1 3 Após este processo, os NADH.H+ reduzidos na glicólise passam a estar disponíveis na matriz mitocondrial para participar da cadeia transportadora de elétrons. A lançadeira do glicerolfosfato O segundo caminho para entrada dos elétrons na matriz mito- condrial é a lançadeira do glicerolfosfato ou fosfoglicerol. Neste caso, elétrons e prótons associados aos NADH.H+, reduzidos na glicólise, são transferidos para a