Quimica
Os africanos não vieram para a América de livre espontânea vontade, foram trazidos para cá para trabalhar como escravos. Com o avanço das plantações de cana-de-açúcar no Nordeste, na metade do século XVI, os africanos começaram a entrar no Brasil sistematicamente e em maior número.
Os africanos eram capturados, levados do interior até o litoral em longas caminhadas repletas de maus-tratos e esperavam o navio chegar, aglomerados em um depósito junto às praias. Retirados de sua realidade, de seu lar, sentiram-se perdidos, sem raízes, sem direção. Eram batizados e depois, durante a viagem, eram marcados a ferro. Transportados num navio lotado que demorava em média 35 a 50 dias até o Brasil, num ambiente quente, abafado e malcheiroso, as diversas doenças e mortes eram inevitáveis.
Chegando a algum porto brasileiro, entre eles, Recife, Bahia e Rio de Janeiro, a venda ocorria, por meio de negociações ou por leilões. No século XIX, na região do Vale do Paraíba, os escravos eram trazidos principalmente para o trabalho nas fazendas cafeeiras e para os serviços urbanos.
TERRITÓRIO
Eram povos de diferentes lugares da África, com características físicas e culturais próprias, e trouxeram consigo hábitos, línguas e tradições que marcam profundamente nosso cotidiano. A maioria dos africanos entrados no Brasil saiu da região localizada ao sul do Equador, pelos portos de Benguela, Luanda e Cabinda. Outra parte considerável saiu da Costa da Mina, pelos portos de Lagos, Ajudá e São Jorge da Mina. E um número menor saiu pelo portos de Moçambique.
No Brasil os africanos não eram chamados por sua etnia, mas sim pelo nome do porto ou da região onde haviam sido embarcados. Um africano da etnia congo, por exemplo, era chamado aqui de cambinda, se esse fosse o nome do porto africano de onde ele houvesse embarcado. Outro exemplo: os diferentes povos embarcados na Costa da Mina ( África Ocidental ) eram chamados simplesmente de minas.
Transporte de escravos na África.