quimica
Nas civilizações antigas são encontrados os primeiros relatos da utilização de plantas para a elaboração de perfumes, medicamentos e outros produtos para fins cosméticos, de alimentação, religioso e funerário, entre outros.
Hoje, com os avanços em pesquisa e desenvolvimento de novos processos para obtenção de substâncias químicas naturais e sintéticas, as indústrias continuam descobrindo novos compostos a partir de muitas das plantas descritas há séculos.
São compostos como terpenos, alcaloides e flavonoides, para utilização in natura ou para o desenvolvimento de novos aromas e fragrâncias, fármacos e outros produtos.
A avaliação foi feita pelos palestrantes do quinto encontro do Ciclo de Conferências do Ano Internacional da Química - 2011, que teve como tema "A química doce, amarga e perfumada", realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).
Química dos perfumes
De acordo com a professora do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Cláudia Rezende, que abriu o ciclo de conferências e abordou a "química perfumada", os primeiros relatos conhecidos sobre a aplicação de aromas na Antiguidade vêm do Egito, onde nos templos existiam laboratórios para produção de unguentos e incensos.
"Apesar de, na época, ainda não existir o processo de destilação, os egípcios produziam um composto macerado, chamado kyphi, à base de ingredientes como menta, açafrão, zimbro, vinho, mel, resina, passas e mirra, que era a receita tanto de um incenso quanto de um perfume e um medicamento", disse.
Um dos produtos derivados de uma das plantas que compõem esse composto, a Mentha arvensis L., que está sendo alvo de muitas pesquisas na atualidade, é o mentol.
Como o composto orgânico obtido da extração do óleo da planta e de outros óleos essenciais tem alguns efeitos indesejáveis nos produtos em que é aplicado - como odor intenso, gosto amargo e irritar os olhos -, as indústrias fabricantes