1. Introdução O interesse dos homens por substâncias orgânicas teve sua origem ainda na pré-história. Pigmentos para tintas, perfumes e produtos usados na medicina popular eram basicamente compostos orgânicos, e requeriam algum tipo de extração da sua fonte natural, usualmente plantas. Extração implica em se obter material orgânico livre de sua matriz original (células e tecidos). Muitos materiais orgânicos de origem natural, principalmente os cristalinos, foram isolados e purificados no séc. XIX. O estudo da suas reações constituiu o início da química orgânica, e durante muito tempo, esses produtos naturais, constituíam a principal fonte de produtos químicos orgânicos. Apenas com o desenvolvimento da síntese orgânica, a química libertou-se da total dependência dos compostos de origem natural, ainda assim, uma grande variedade de estruturas de origem natural é de provocar deslumbres pela sua arquitetura molecular, constituindo-se um desafio à síntese e elucidação (UFAM - 2010). As clorofilas são os pigmentos naturais mais abundantes nas plantas, comuns em todas as células fotossintéticas. Os pigmentos envolvidos na fotossíntese são as clorofilas a e b, os carotenóides e as ficobilinas. A clorofila a é o pigmento utilizado na fase fotoquímica, enquanto os demais constituem os chamados pigmentos acessórios. Atualmente, os pigmentos clorofílicos são de grande importância comercial, podendo ser utilizados tanto como pigmentos quanto como antioxidantes. As diferenças aparentes na cor do vegetal são devidas à presença e distribuição variável de outros pigmentos associados, como os carotenóides, os quais sempre acompanham as clorofilas. Os carotenóides possuem ligações duplas conjugadas em suas estruturas, atuam como antioxidantes. A extração do conteúdo de pigmentos foliares pode ser de caráter destrutivo ou não, baseando-se na absorbância e refletância destes. O método destrutivo é o mais comum, utilizando solventes orgânicos, como acetona 80% e o éter. As