quilombos
Começo de texto de campo.....
Minha leitura foi feita sobre o trabalho de TCC de Cauê Machado onde ele fala sobre Quilombo de Casca e suas diversidades, esse trabalho foi realizado em janeiro de 2007 e fevereiro de 2009. Quando estava vinculado ao IBAMA teve contato com a família dos Silvas( Porto Alegre) e Manoel Barbosa(Gravatí) participando do programa convivência ( da Pró Reitoria de Extensão) em Casca, começou a frequentar festas locais que foi sendo apresentado para as pessoas daquela comunidade e decidiu que tinha achado o lugar onde queria trabalhar.
Foi ganhando a confiança deles que aos poucos foram abrindo suas portas, lembranças e vivências, como sempre teve alguns que foram mais hostis ao recebe-lô, pois não era um “nativo” querendo saber e conhecer seus hábitos, costumes. Chegou querendo narrar o cuidado com a saúde pelo ângulo da intermedicalidade: uso simultâneo da medicina convencional e a tradicional e como as duas práticas interagem e se modificam mutualmente. Mas , àpos entrevistar dona Carmem uma mora Dora de Casca ele mudou seu foco de pesquisa, pois viu que o mundo que os casqueiros narram ao contar suas experiências de doenças e curas emerge de um mundo de pensamentos anímicos e classificam seres e objetos por uma extensa rede de analogias, então ele buscou compreender todos esses significados de saúde, doença, de magia, como fenômenos sócias para essa comunidade específica.
Seu estranhamento se refere ao modo de como as pessoas e a estrada RST-101, divide essa comunidade em Casca de cima e Casaca de baixo, ficando muito visível quando encontra pessoas da Casaca de baixo ao se referirem aos outros casqueiros dizem” lá do outro lado ou muitas vezes se referem aos sobrenomes de determinada família. Outra coisa é que Casca tem um tempo diferente do nosso , lá tudo é mais lento, calmo se chocando com essa loucura que vivemos. Cauê dizia que ao sair de Porto Alegre ele já estava fazendo um exercício de