quilombos dos palmares

Quilombo dos Palmares

Introdução

Neste trabalho será abordado um breve contexto sobre a contribuição dos Quilombos de Palmares e suas ações social, política e econômica que através de lutas, conseguiram dar fim ao escravismo. Será abordado também, sobre as organizações quilombolas dos dias atuais, denominadas como comunidades remanescentes de quilombos.

Serra da Barriga!
Barriga de negranina!
As outras montanhas se cobrem de neves,
De noiva, de nuvens, de verde!
E tu, de Loanda, de panos-da-costa,
De argolas, de contas, de quilombos! Serra da Barriga!
Te vejo da casa em que nasci.
Que medo danado de negro fujão!...
Jorge de Lima

Os Primeiros europeus a chegar ao Brasil, no ano de 1500, os portugueses fizeram vir negros da África para o trabalho escravo nas plantações de cana-de-açúcar, principal riqueza da colônia. Senhores absolutos da vida e da morte de seus escravos, os proprietários brancos os faziam trabalhar sem descanso, a custa de castigos e torturas muitas vezes fatais. Alguns escravos, porém, conseguindo fugir do cativeiro, se escondiam pelo interior virgem do país, onde formavam comunidades livres a que se deu o nome de Quilombos. Destes, o mais célebre foi o Quilombo dos Palmares, fundado em fins do século XVI, nas montanhas do Nordeste do Brasil, mais especificamente na Serra da Barriga, local com terreno acidentado o que tornava o acesso mais difícil, na região que hoje pertence ao estado de Alagoas.
O nome Palmares remete ao fato da região escolhida ter muitas palmeiras. No começo de sua existência, Palmares era habitado por poucos quilombolas. Contudo, após o início da invasão holandesa em Pernambuco (1630 a 1654), os senhores de engenho voltaram suas atenções para os holandeses, o que proporcionou a oportunidade de fuga para muitos escravos. Vários negros fugiram para Palmares, principalmente, dos engenhos de açúcar pernambucanos, e fez com que no início da invasão – em 1630 – o número de habitantes de palmares