Quilombos de são paulo
Os africanos retirados à força de sua terra natal vieram e aqui foram mantidos a ferro e fogo numa das maiores violências que se pode cometer contra o ser humano. Privados por séculos de seus direitos mais elementares, tratados como "coisas'. e comercializados como animais. serviram ao jugo de seus senhores e se viram despojados de qualquer elemento que lhes conferisse a mínima dignidade. ANDRADE, T. (org).: Quilombos em São Paulo: tradições, direitos e lutas. São Paulo: IMESP, 1997
Como conceber que seres humanos foram tratados feito animais, retirados de sua terra, privados de sua identidade, forçados a se anulares como pessoas, obrigados a trabalharem em regime de escravidão. Nada mais justificável do que a revolta, a sede por liberdade, a ânsia pela dignidade, tais necessidades elementares a todos, fez com que esses homens e mulheres criasses um dos movimentos mais conhecidos de “rebeldia”, e formassem comunidades, o expoente de sua libertação, conhecidas como “Quilombos”, que por sua vez existiram desde que os primeiros escravos que aqui chegaram, sendo a principal alternativa de negação contra a produção escravista.
Definir o que é e o que foi Quilombo tem sido fonte de estudo e discussão de inúmeros acadêmicos e pesquisadores de diferentes áreas. O objetivo do presente artigo não é retomar tal discussão, entretanto se faz necessário refazermos o percurso de alguns pontos, para que possamos entender o complexo objeto que nos dispusemos a estudar .
Logo não seria possível começarmos nossas analises sobre a historicidade dos Quilombos sem antes fazermos uma breve abordagem etimológica da palavra, assim