Quilombolas Do Esp Rito Santos Na Atualidade
O surgimento do negro no Brasil começou no período colonial (1530 – 1822), onde o tráfico negreiro se tornou a maior fonte de renda da época. Milhares deles foram trazidos ao país para servirem de escravos, pincipalmente, nos engenhos de cana-de-açúca.
Neste período, os escravos que conseguiam fugir se refugiavam com outros em igual situação em locais bem escondidos e fortificados no meio das matas. Estes locais eram conhecidos como quilombos. Nestas comunidades, eles viviam de acordo com sua cultura africana, plantando e produzindo em comunidade. Na época colonial, o Brasil chegou a ter centenas destas comunidades espalhadas, principalmente, pelos atuais estados da Bahia, Pernambuco, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Alagoas. O maior e mais famoso deles foi o dos Palmares , que teve Zumbi como líder.
Muitos quilombos, por estarem em locais afastados, permaneceram ativos mesmo após a abolição da escravatura em 1888. Eles deram origens às atuais comunidades quilombolas (quilombos remanescentes).
O decreto nº 4.887, de 20 de novembro de 2003, regulamentou em todo território nacional os procedimentos para identificação, delimitação, reconhecimento e titulação das terras ocupadas por comunidades quilombolas. Este mesmo decreto transferiu para o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) a função de delimitar as terras das comunidades quilombolas remanescentes
No Espírito Santo, mais de cem comunidades foram identificadas como quilombolas, mas nenhuma teve a área demarcada. Os processos são alvo de ações judiciais ou andam a passos lentos. Sem espaço para roças, as comunidades apostaram na queima do carvão como subsistência, (atividade hoje vedada por questões ambientais). As casas são antigas, falta água encanada, e os mais velhos são analfabetos. São famílias que vivem de cestas básicas e do Bolsa Família e cujos filhos vão para