Questões sociais
O sistema capitalista, vigente a muitos anos na sociedade brasileira, configura-se um foco gerador de grandes desigualdades sociais, econômicas e culturais. De acordo com Sikorski (2009, p.29), dentro desta lógica capitalista "o progresso econômico e social da humanidade foi capaz de produzir também a alienação, a exploração de uns pouco sobre muitos, bem como a divisão desigual de bens e lucros, gerando assim as desigualdades de problemáticas sociais". No Brasil, mais especificamente:
[...] a partir da década de 1960, teve início uma política econômica que acabou provocando forte concentração da renda - ou seja, muitas pessoas ganhando pouco e poucas pessoas ganhando muito. De acordo com sandroni(1999), o governo partia do pressuposto de que o aumento da renda nas classes mais altas incentivaria a poupança e o investimento e, assim, o crescimento da produção. Para atingir tal objetivo houve redução dos salarios reais (ou seja, houve queda do poder de compra da população) e proibição de greves e outras manifestações operárias.a queda do salário da população trabalhadora possibilitou que grande parte dos aumentos da produtividade do sistema econômico ficasse retido nas mão dos empresários e dos trabalhadores mais qualificados.(ARBEX, 2009, p. 73-74)
Nesse aspecto, com esta distribuição de renda totalmente desigual conforme a sociedade brasileira foi se expandindo foram crescendo também, de maneira quase que incontrolável, diversos problemas sociais, tais como: pobreza, fome, criminalidade, violência, desemprego, drogas, crianças abandonadas, dentre muitos outros. Ainda, para configurar mais ainda esta situação caótica durante muito tempo essas questões sociais foram tratadas como caso de polícia em que os pobres e desempregados eram responsabilizados totalmente pelas suas condições e não a sociedade; mas por volta de 1930 essas problemáticas começaram, ainda que de forma bem primitiva, a serem abordadas como questões políticas e