Questões Saúde
Daniela Luiza Pfeifer O modelo ecossistêmico une três reflexões: saúde, ambiente e estilo de vida. Logo este pode ser resumido em termos de sustentabilidade ecológica, democracia, direitos humanos, justiça social e qualidade de vida. Outro conceito subjacente ao enfoque ecossistêmico é o de qualidade de vida como possibilidade de realização e utopia, sendo um abrigo dos nossos desejos de felicidade; nossos parâmetros de direitos humanos; nosso empenho em ampliar as fronteiras dos direitos sociais e das condições de ser saudável e de promover saúde. Nos últimos anos enfoques têm sido propostos para explicar as relações entre os ambientes em que a vida cotidiana acontece e onde se realizam os padrões de qualidade de vida da sociedade. Uma das mais expressivas abordagens é do modelo canadense, que cita quatro fatores de saúde: 1) espaço biofísico; 2) fatores sociais, incluindo aspectos econômicos e estruturais; 3) atributos individuais expressos no estilo de vida; 4) bagagem genética. Essa visão complexa resultou em uma Conferência Mundial de Saúde realizada em 1986 em Otawa, no Canadá, que teve uma proposta que rompeu a divisão de saúde pública da clinica; e o papel do Estado da responsabilidade dos indivíduos. Ocorrendo no Brasil no mesmo ano a VIII Conferencia Nacional de Saúde que diferente do Canadá visou à formulação de propostas para a reestruturação financeira, organizacional e institucional do poder público, onde pela necessidade de politização foi definida como: resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade e posse da terra. Na formulação de propostas entre saúde e ambiente acabou rendendo o conceito de desenvolvimento sustentável segundo Brundtland em 1987 “a ideia de que as