Questões relvantes sobre "como nos tornamos professoras"

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
Faculdade de Ciências e Letras
Campus de Araraquara - SP

Questões referentes ao livro de Roseli A. Cação Fontana. “Como nos tornamos professoras?”.

Discente: Bianca Ferreira Simões

Profª Drª: Marilda da Silva.

ARARAQUARA – SP
ABRIL/2013
1- Quais as características “femininas” que a autora apresenta no texto com o intuito de abrir uma reflexão sobre a relação dessas características com a prática docente de professoras.
A autora apresenta características femininas, tais como a afetividade e doação, que faz parte do mascaramento da falta de competência profissional, em que o princípio do senso comum do magistério se dá em “quando não se sabe o que fazer, ama-se”. O predomínio do amor, da vocação e a ausência de profissionalismo, e a condição feminina perpetuam o senso comum. Toda a trajetória das mulheres mostra a dimensão simbólica e subjetiva atuante em suas escolhas e posteriores práticas pedagógicas. A escolha do magistério esta associada a concepções sobre a profissão definidas como vocação, amor, abnegação, doação e missão, que repercutem numa prática docente impregnada da ideia de que “para ser professora ‘basta gostar de crianças’ (‘natural’ à mulher) e dominar algumas habilidades técnicas adquiridas nos anos de experiência.” Lusia pereira diz que o jeito de ser mulher desloca-se para o jeito de ser professora. Portanto a boa, doce, meiga e angelical, mulher/mãe/dona de casa/ filha acaba por se tornar no exercício da profissão, a missionária dedicada e carinhosa com seus alunos/filhos/sobrinhos. Alicia associa o papel da professora a passividade, face boazinha, dedicação e capricho, atribuídos à condição feminina. Lusia Pereira assinala que os gestos e os ritos não são naturais, e transmitem uma certa maneira de perceber o mundo, por isso os alunos apreendem no cotidiano modos de ser mulher, valores religiosos difusos e identidades que surgem entre esses ritos, gestos e palavras.