Questões de Gênero
Ao perceber as diferenças comportamentais dos gêneros, resolvemos pesquisar e analisar o porquê dessas diferenças, entrando no campo da educação e orientação que cada gênero recebe durante sua formação de identidade.
2 – Revisão Bibliográfica e Pressupostos Teóricos:
O que já se sabe?
Desde que nascemos, há uma série de investimentos por parte das famílias, igrejas, escolas e mídia, por exemplo, que nos ensinam maneiras de sermos homens e mulheres. A questão é que existe uma tentativa de padronização e normatização do que é ser homem e do que é ser mulher, tentando impor a heterossexualidade como padrão única forma de existência. A esse conjunto de normas e regras (projetadas e ensinadas) que tem como o objetivo impedir a manifestação e expressão de outras formas ditas “desviantes” de existir e ter prazer com o corpo, Judith Butler, filósofa pós-estruturalista estadunidense, chamou de heteronormatividade. Daí, nessa busca de ensinar o que deve ou não deve ser comportamento de machos e fêmeas, acabamos por investir na criação de meninos como competitivos, práticos, objetivos... e na criação de meninas dóceis, afáveis, sensíveis e, por isso, inferiores aos meninos.
Nesse processo de construção de meninos “machos” e em oposição a uma suposta “fragilidade” feminina é que ensinamos, no dia a dia de nossas relações, nossos meninos a serem mais rudes, menos sensíveis e mais agressivos. Visto dessa forma, podemos entender o que pode estar levando muitos homens a responderem com comportamentos indesejáveis e se envolverem em situações de vulnerabilidade e violência.
A forma como educamos nossos meninos é extremamente violenta, pois eles são vigiados – pelos pais, pela escola – e em alguns casos até perseguidos, se não apresentarem comportamentos “dignos de um macho”. Ter que responder às