Questões de estudo
Para Comte, o primeiro estado, ou estágio, do conhecimento humano foi denominado, como o estado teológico. Neste estágio, o homem colocava Deus (ou forças sobrenaturais) como o regente de tudo que ocorre no cosmo e na vida social, conferindo-lhe uma ordem e uma determinada forma de lógica. Tratava-se, portanto, de uma concepção teocêntrica da vida social, calcada numa crença ou na fé irracional, carregada de dogmas e predestinações, que colocava o homem numa posição fatalista e submissa diante da realidade.
Num segundo momento, o homem evoluiu e atingiu o estado denominado de metafísico. Nesta fase, o homem já não vê mais a figura divina como a única presente, agindo sobre os fenômenos do mundo e de sua existência. Ao lado da ação divina, percebida ainda como uma essência fundamentalmente presente, já são percebidas determinadas formas de intervenção de parte do homem. Trata-se de uma fase de questionamentos e levantamento de dúvidas, que já buscam uma ação além do que pode provir do divino, considerado pelos positivistas como um momento de progresso e evolução do pensamento humano, mas ainda incompleto e insuficiente para que houvesse uma mais racional intervenção humana sobre a realidade abrangente. Isto só seria possível, na medida em que o homem evoluísse para um estado considerado superior: o positivo.
Nesse estágio positivo do conhecimento o homem é concebido como o articulador dos acontecimentos da vida social. Numa formulação antropocêntrica da realidade, nesse estado, considerado por Comte como fixo e definitivo, há a valorização da busca do saber, da reflexão, com base na razão, nos métodos científicos, também, denominados de positivos e no uso da racionalidade. Isto tudo só seria alcançado naquela nova sociedade