Questão Social do Idoso
Envelhecer é um processo natural da vida do ser humano. Dá-se por mudanças físicas, psicológicas e sociais que acometem de forma particular de cada individuo. É uma fase em que, ponderando sobre a própria existência, o indivíduo conclui que alcançou muitos objetivos, mas que também sofreu muitas perdas, das quais a saúde destaca-se como um dos aspectos mais afetados. E é por esta questão que muitos idosos enfrentam dificuldades e diversos problemas sociais, pois o processo de envelhecimento exige uma capacidade maior de adaptação, o que nem sempre possuem.
Podemos afirmar que o envelhecimento não é igual para todos, e, para além da idade, depende das condições objetivas de vida em fases anteriores do ciclo vital, do acesso aos bens e serviços, bem como da cobertura da rede de proteção e atendimento social.
Os estudos sobre a velhice e o processo de envelhecimento abarcam as diversas possibilidades de pensar o lugar social ocupado pelo idoso na realidade brasileira. A velhice tem sido tratada como um mal necessário, da qual a humanidade não tem como escapar. Por esse princípio, o idoso também é tratado como um mal necessário, como alguém que já cumpriu sua função social: já trabalhou, já cuidou da família, já contribuiu para educação dos filhos, restando a eles, somente, esperar pela finitude da vida.
Entretanto, o acesso àqueles serviços não é igual para todos, refletindo a desigualdade nas condições de vida e saúde dos idosos que vivem na sociedade brasileira. A velhice apresenta múltiplas faces, e não pode ser analisada desvinculada dos aspectos sócio-econômicos e culturais, pois suas características extrapolam as evidentes alterações físicas e fisiológicas individuais.
No Brasil, o processo de envelhecimento se intensifica cada vez mais. Isto não significa que o país está preparado para lidar com o envelhecimento, com suas conseqüências e impactos na prestação de serviços sócio assistenciais, na área da saúde, no