Questão regional brasileira
A evolução sócio-econômica do Brasil foi marcada por processos que induziram uma crescente concentração regional da produção e da renda. As desigualdades regionais intensificaram-se, conformando um padrão macrorregional que diferenciou as regiões Norte e Nordeste, e Centro Oeste, das regiões Sul e Sudeste.
Nas décadas de 50, 60, 70 organizaram-se iniciativas de desenvolvimento regional para reverter às tendências demográficas econômicas e sociais indesejadas. Com políticas regionais ativas, alcançamos resultados positivos ao final do período à custa de grandes investimentos públicos.
Desde as ultimas décadas, as instituições e instrumentos de ação regionais que sobreviveram no Brasil, ressentiram-se da ausência de políticas regionais nacionais. Algo que tem feito falta para contrapor aspectos ruins da globalização. Sem referências de política, tais instituições e instrumentos abandonaram os princípios de eficiência e eficácia, ficando subordinados a interesses menores. Com isso houve perda de consistência de ações e mesmo a extinção de agências, estimulando o avanço das desigualdades regionais.
No mundo atual, as áreas que representam melhores condições de atração locacional são as que possuem atributos vantajosos de infra-estrutura, recursos humanos, tecnologia e qualidade de vida. As áreas excluídas de mercado tendem a permanecer à margem dos fluxos econômicos principais e apresentar menores níveis de renda e bem-estar. A configuração territorial reafirma situações de desigualdade entre indivíduos, empresas e regiões, tanto no Brasil, como em outros países. Políticas de desenvolvimento regional ressurgiram em todo lugar, para diminuir os efeitos negativos da globalização.
No nosso país pode se observar, a presença de sub-regiões de alta renda com potencial dinâmico, como sub-regiões retidas e com baixos níveis de renda em todas as macrorregiões. A questão regional na atualidade envolve todo o território nacional e demanda um