Questão de modernidade - BERMAN - MARX

De primeira mão, parece fácil explicarmos o mundo moderno como algo tangível, definido por exemplo através do surgimento e fortalecimento do capitalismo. Mas não devemos nos ater a isso e sim pensarmos no que Falcon nos introduz, uma “teoria de progresso”, que vem sendo o idealismo dessa sociedade de 500 anos para os dias atuais
Falcon destaca a complexidade na definição do “moderno”, porque o mesmo contrapõe o “antigo” e nos leva ao problema que é identificar, ou entender essa “ruptura” que traz o pensamento moderno e assim o sentido de modernidade. Essa modernidade é o idealismo que explora o desenvolvimento gigantesco em diversas áreas na sociedade, desde grandes descobertar nas ciências físicas até movimentos sociais e políticos organizados, dentro de um mercado capitalista flutuante, fazendo com quê as pessoas que viveram dentro deste período se sintam dentro de um turbilhão, que Berman define como um “perpétuo estado de vir-a-ser”, chamado assim de “modernização”.
Para Bernan, a ideia de modernismo e modernização emerge apenas durante 1790, com a Revolução Francesa e as suas vertentes, que despertam um sentimento revolucionário dentro de uma sociedade dicotômica em relação á seus pensamentos tradicionais e moderno, ou seja, o fato de se lembrarem de viver em uma sociedade material e espiritual que não carrega por inteiro o moderno enferveceu essa busca pela transformação e intervenção, diferente dos dois séculos passados, onde a sociedade apenas tateava cegamente no “pensamento moderno”.
O primeiro a usar a palavra moderniste é Jean-Jacques Rousseau, que imprime sua angústia e sensibilidade às profundas transformações que estavam ocorrendo na sociedade e em seu ideal, e assim os alarda de que a sociedade européia estava “à beira do abismo” nas suas conturbações revolucionárias. Isto se dá, devido à descontrução e transformação da sociedade dando-se através dessas revoluções, e um sentido de conflito permanente de ideais e agitação, alimentando as apreensões