Questão Agrícola x Agrária
A teoria de Alberto Passos Guimarães diz que o sistema agrário brasileiro tem suas bases no feudalismo colonial, com latifúndios extensos e de baixa produtividade, que pagavam baixos salários aos trabalhadores, gerando duplo monopólio: o de terra e o de renda.
Caio Prado Junior também fala na sua teoria, chamada de capitalista, sobre a baixa condição de vida dos trabalhadores e sobre a precariedade das relações trabalhistas. Porém recusa a tese de estrutura agrária feudal: considera fenômenos próprios do capitalismo no campo, como concentração fundiária e uso da renda da terra, exploração do trabalhador e desemparo legal, além dos baixos salários.
Outra diferença está na solução proposta pelos autores: Guimarães propõe uma reforma agrária para superar a estrutura feudal, enquanto Prado propõe uma reforma e fiscalização referente à legislação trabalhista.
Para Furtado, a problemática agrícola é estrutural, pois as principais questões da economia do país eram refletidas pela agricultura (problemática do emprego). Algumas regiões, como o sudeste, eram mais desenvolvidas que outras, como o nordeste. A agricultura era agroexportadora, não visava o desenvolvimento interno.
Furtado analisa as principais regiões cafeeiras de 1850-1930 e suas dinâmicas e economias nesse período. Estas são as regiões do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espirito Santo e São Paulo.
O Rio de Janeiro tinha terras no Vale do Paraíba, e a mão de obra empregada foi escravista, remanescente da mineração. Esse fato aliado com a queda dos preços e ampliação da demanda externa, frente a maior oferta brasileira, fizeram com que