Questão agrária
trata-se do minifúndio tradicional, ao lado de pequenas e médias propriedades além do latifúndio, abrigando centenas de moradores, foreiros e agregados, etc. de certo, um cenário propício ao início do processo de organização dos trabalhadores, explicitado pelas ligas camponesas e sindicalismo rural nos finais 50 e início dos anos 60. Devido ao paralelo processo de violência, expulsão e expropriação destes segmentos de trabalhadores de forma violenta, identificando-se neste contexto, o crescimento do movimento sindical e das ligas camponesas e ação católica ( JAC,JEC,JOC,JUC) na luta pela reforma agrária no cenário regional e nacional. A partir de 1964, com a instauração da Ditadura Militar, houve um corte nos movimentos sociais e o conseqüente abortamento das possibilidades de efetivação da Reforma Agrária e uma política de subsídios fiscais, programas e projetos especiais direcionados prioritariamente aos grandes latifundiários e grupos econômicos – ícone do projeto de Modernização da Agricultura implementado pelo governo militar, agravando o processo expropriatório e redimensionando em novas bases a luta dos trabalhadores que entram em confronto agora, não mais com os grandes latifundiários, como no Pré-64, mas agora também com os empresários que visam à exploração econômica da região habitada pelos pequenos produtores rurais. A lógica da modernização da agricultura faz ressurgir conflitos. Dentre os principais projetos executados naquela época destacam-se a produção de petróleo e a construção da barragem Armando Ribeiro Gonçalves. Desta forma, pequenas e médias propriedades são invadidas por empresas particulares, causando a expropriação de famílias de trabalhadores rurais pela desapropriação de milhares de hectares de terra. Diante desse contexto, verifica-se a ênfase de atuação de entidades vinculadas à igreja e do Sindicalismo, embora totalmente controlado pelo Estado, promovendo medidas meramente