Questoes

Aqui começa a nossa viagem:
"Nós vos pedimos com insistência: não digam nunca - Isso é natural: sob o familiar, descubram o insólito.
Sob o cotidiano, desvelem o inexplicável.
Que tudo o que é considerado habitual provoque inquietação.
Na regra, descubram o abuso, e sempre que o abuso for encontrado, encontrem o remédio."

Bertold Brecht

1)Partiremos da Escola Germinare, que fica às margens do Tietê, próxima ao alto curso do rio. Observe o relevo da área, no percurso até Santana de Parnaíba. Descreva o que observa, em relação à urbanização e ocupação do solo desta área.
2) Observe os mapas da última página , identifique nosso percurso, relacionando características de navegabilidade do rio Tietê às condições do relevo do terreno.
3) Após observarmos as condições do rio Tietê em Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus, leia os poemas, reflita e escreva sobre o uso e a percepção que os habitantes da área visitada fazem deste importante curso d’água.
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,
Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
O Tejo tem grandes navios
E navega nele ainda,
Para aqueles que veem em tudo o que lá não está,
A memória das naus.
O Tejo desce de Espanha
E o Tejo entra no mar em Portugal.
Toda a gente sabe isso.
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
Pelo Tejo vai-se para o Mundo.
Para além do Tejo há a América
E a fortuna daqueles que a encontram.
Ninguém nunca pensou no que há para além
Do rio da minha aldeia.
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.
Alberto Caeiro

A Meditação sobre o Tietê

Água do meu Tietê,
Onde me queres levar?
- Rio que entras pela terra
E que me afastas do mar...
É noite. E tudo é noite. Debaixo do arco