Questoes urbanas
As chuvas que assolaram o Brasil inteiro nos meses de janeiro e fevereiro de 2010 e deixaram famílias desabrigadas e bairros inteiros alagados chamam atenção para uma área que diz muito para a Geografia: o Planejamento Urbano. A Geografia Urbana, área que se insere no eixo de conhecimento da Organização do Espaço Geográfico eixo de conhecimento da e Planejamento Territorial, vem se dedicando cada vez mais a entender e estudar o crescimento desordenado dos ambientes urbanos. Mas, diante de um leque de fatores que levam aos dilemas urbanos, precisa-se entender primeiro o que é urbano, segundo definição do estudioso Manuel Castells:
“Urbano designaria então uma forma especial de ocupação do espaço por uma população, a saber, o aglomerado resultante de uma forte concentração e de uma densidade relativamente alta, tendo como correlato previsível, uma diferenciação funcional e social maior”.
A noção de urbano, portanto, pertence à diferenciação de espaço local (cidade), ligado à urbanização e à problemática do desenvolvimento. O processo de urbanização nos países subdesenvolvidos ocorreu, de modo geral, a partir das décadas de 1930 e 1940, com considerável atraso em comparação aos países desenvolvidos, que começaram a se urbanizar a partir da Revolução Industrial a se urbanizar a partir da (séculos XVIII e XIX).
A intensidade desse processo de urbanização nos países subdesenvolvidos impossibilitou o planejamento e a estruturação do espaço geográfico para receber mudanças tão grandes, que necessitam de infraestrutura adequada. O Brasil é um dos exemplos dessa intensidade: em 1950, o País tinha 36% da população vivendo em áreas urbanas; em 2000, o índice já somava um total de 81%. Outra característica da urbanização problemática é que o aumento da população urbana é muito maior do que sua capacidade de gerar empregos.
Como resultado desse desnível entre urbanização e oferta de novos empregos urbanos, são comuns nas grandes cidades do