Questoes da final
Fonte: http://www.fides.org.br/balanco_social_mexico.htm
O social na empresa
Por que o social na empresa? Por que, se a opinião pública, se muitos intelectuais, alguns escrevendo em editoriais nos jornais e muitos dos pensadores religiosos nos púlpitos negam a empresa quase por definição ou por fatalismo, sua característica de ente social? Todos, desgraçadamente, estamos vendo no que lemos e no que escutamos, que empresa é sinônimo de exploração e por sua vez sinônimo de lucro. Estou usando palavras vulgares; palavras que inclusive são usadas entre nós: quando se diz "setor social" da sociedade, a expressão e entendida entre outras coisas, como o que não é empresarial. Fala-se de "empresas sociais" e quando se fala de empresas sociais sempre se pensa naquelas que não têm obrigação de fazer "utilidades"; "não fazer utilidades" é o que faz uma empresa "social". Fala-se "do social” como sinônimo de algo que está quase separado de qualquer medição de tipo econômico, e com isso tudo que é econômico por exclusão ou por ostracismo, fica separado do social. Se vocês se dão conta, o simples fato de que nós admitimos essa terminologia, nos faz a-sociais; o fato de que aceitamos não estar no setor social e que nossas empresas não são sociais já nos tira da realidade.
Por que somos sociais? E por que aqueles que dizem que são "sociais" podem presumir que por natureza o sejam? Porque nós, da mesma forma que uma empresa das chamadas sociais, nascemos na sociedade, nossas empresas são geradas no nosso ambiente social, nas necessidades sociais, na indigência de cada indivíduo e da coletividade; nós nos desenvolvemos na medida em que essas necessidades sociais se produzem e na medida em que a sociedade se desenvolve e na medida em que somos capazes de servir produzindo o que satisfaz à sociedade.
Ou nos dedicamos ou somos expulsos do serviço, quer dizer, somos eliminados, vamos à falência, desaparecemos como empresa no