questoes cap 2
Nova Ortografia
Foi possível perceber a mudança de comportamento dos alunos. Nos primeiros encontros as crianças pareciam pouco à vontade, não querendo demonstrar satisfação em estar participando de uma atividade onde houvesse contação de histórias infantis ou de fadas. Aos poucos se percebeu que os bloqueios iam cedendo e muitos já manifestavam o prazer de participar do encontro. Um dado significativo é a imersão dos alunos em atividades que proponham trazer sua própria história, sua origem ou dados eminentemente pessoais. Assim, após a contação da história, os participantes demonstravam interesse e desejo de fazer desenhos, emitir depoimentos e ou construir objetos com a sua própria ‘marca’, reforçando o pressuposto teórico encontrado na literatura de apoio de que a linguagem metafórica se traduz como um interlocutor entre a vida interior e exterior do sujeito e, portanto, as histórias, contadas, representadas, criadas e vividas adquirem papel importante como elemento de aprendizagem para as crianças e adolescentes. Entretanto, pode-se comprovar, também, a necessidade de um local apropriado para a contação de histórias, de forma a criar o clima adequado e propício para o desenvolvimento das atividades. O espaço da educação formal não é uma estrutura indicada para a contação de história, pois o ambiente torna as atividades com algo obrigatório e não prazeroso. O local ideal seria uma sala ambiente, para o qual cada aluno traria sua almofada, lençol ou qualquer outra coisa para se sentar e onde houvesse muitas cores e desenhos em todo o espaço. A música e a sonoplastia são indispensáveis para completar o clima. Pode-se comprovar esta hipótese no dia em que os ouvintes chegaram e a biblioteca já estava arrumada, as cortinas das salas fechadas e a música já preenchia o ambiente. Por sua vez, o professor/contador não deve simplesmente ler a história, mas sim reproduzir o pensamento para o aluno, com diferentes entonações de voz,