Questionário

5. Discuta as concepções de cidadania e sua relação com as políticas sociais nas óticas de T.H.Marshall e de Barbalet, elucidando suas contribuições e/ou limites para o entendimento crítico desta temática (Enfatizar contexto sócio-histórico e as concepções dos autores sobre papel do Estado, caracterização das políticas sociais/ significados da cidadania). Em um cenário do Capitalismo tardio ou maduro onde caracteriza-se por um intenso processo de monopólio capital e pela intervenção do Estado na economia e no livre movimento do mercado, passando a constituir empresas privadas e estatais, tendo a sua expansão após a crise de 1929-1932 e sobretudo, após a Segunda Guerra Mundial. Com o liberalismo heterodoxo de Keynes e seus seguidores é a expansão intelectual sistemática das prospostas de saída da profunda crise cujo ápice foram os anos de 1929-1932, o que se combinou a intensas mudanças no segmento da produção por intermédio do fordismo este, contudo, também se generalizou no pós-guerra e por meio da indústria bélica, no contexto da Guerra Fria. Essa é a base material que propiciará a expansão dos direitos sociais.

Tais circunstâncias geraram o empolgado ensaio de Marshall sobre a cidadania e sua suposta compatibilidade com a desigualdade de classes. A crise, porém, marcou uma mudança substantiva no desenvolvimento das políticas sociais nos países capitalistas da Europa Ocidental. A primeira grande crise do capital consolidou a convicção sobre a necessidade de regulação estatal só foi possível devido alguns fatores:

a) Estabelecimento de políticas Keynesianas com vistas a gerar pleno emprego e crescimento econômico num mercado capitalista liberal;

b) Instituição de serviços e políticas sociais com vistas a criar demanda e ampliar o mercado de consumo;

c) Amplo acordo entre esquerda e direita.

O ‘consenso do pós-guerra’ permitiu o estabelecimento de uma aliança entre classes, alianças entre partidos de esquerda e direita asseguraram