Questionário TGP - Obra: 1889 - Laurentino Gomes
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F-G - O Capitão do Mato ficou conhecido como o responsável por capturar escravos em troca de recompensas. Ocupava a última categoria do serviço público na sociedade escravocrata brasileira, instituído com autoridade semelhante a da milícia, era o responsável de reprimir e aprisionar os escravos fugidos, destruir quilombos e de resolver pequenos delitos cometidos fora das zonas urbanas.
No entanto, o movimento das fugas em massa das fazendas se tornaram muito comuns entre os plantéis nos últimos anos antes da Abolição. Com o aumento das fugas, as autoridades provinciais passaram a designar forças policiais para capturar os escravos. Tal medida, no entanto, gerou grandes polêmicas. Entre os principais jornais da província, criou-se um clima de constantes acusações e críticas.
Alguns jornais defendiam que, por serem os fazendeiros os únicos prejudicados pela fuga de seus escravos, considerava que a captura dos mesmos deveria caber tão-somente aos donos, pois a obrigação da polícia era zelar pelos interesses do público e manter a ordem e a segurança pública.
O Direito à propriedade era, portanto, o braço que os amparava. Consistia em que os senhores acabavam em confiar o seu poder armado aos capitães do mato, revestindo-o de algum prestígio, pois era um meio eficaz de rebater as ameaças contra o patrimônio representadas pelas fugas de escravos e pela formação de quilombos.
Atualmente, as instituições encarregadas de proteger o nosso Direito de propriedade são: a Policia Militar, Civil e Federal, em conjunto com todo o Judiciário e amparadas pelo Legislativo, que possuem designações semelhantes às concebidas pelo Capitão do Mato. No entanto, a corporação atual é dotada de mais legalidade, o que lhe confere mais poderes de atuação dentro da sociedade, diferentemente do Capitão do Mato, que possuía uma posição inferior na sociedade daquela época.
H- Sim. Insuflados por manifestações abolicionistas, os soldados começaram a desobedecer às ordens para