questionamento filosófico em sala de aula
1. Não existe o questionamento filosófico, mas todo o questionamento é filosófico. 2. Perguntas que não são postas pelos próprios estudantes não são perguntas também para eles.
3. Respostas que o professor dá a perguntas que os estudantes não têm, também não são respostas.
4. Respostas podem ser procuradas quando perguntas são colocadas.
5. A tarefa da aula consiste, portanto, em encontrar perguntas, isto é, permitir que os estudantes cheguem, acima de tudo, a questões, para então se poder procurar respostas. (Não é somente desonesto, mas também didaticamente tolo, partir de respostas já dadas para estabelecer as perguntas ou então moldar estas de tal maneira que se ajustem às respostas dadas. Quem molda, trapaceia: maiêutica mal-entendida) 6. Quem pensa – especialmente como professor – conhecer já as respostas, não sabe o que é uma pergunta. (Ele irá, na verdade, transmitir matéria, mas não irá ensinar. Ensinar é primariamente não a transmissão de matéria de aprendizado – isso também as máquinas podem fazer – mas, acima de tudo, a tarefa de tornar possível uma tal transmissão. Se o saber é uma forma de resposta, então a existên- cia de perguntas é a condição de possibilidade do saber em geral).
7. Cada pergunta que se responde antecipadamente é simplesmente o arranjo de uma quantidade de informação (Por ex.: “Quando morreu Goethe?”). Decisivo é para qual questionamento tais informações serão necessárias.
8. As perguntas sobre as quais