QUESTAO SOCIAL
Osvaldo Coggiola.
A Segunda Guerra Mundial fora o método capitalista para encontrar uma saída à depressão econômica mundial da década de 1930, originada na crise de 1929, em termos capitalistas: a destruição das forças produtivas, do potencial produtivo da humanidade. O que aconteceu no breve lapso histórico de quatro anos (final de 1945 – final de1949). No carro‐chefe da economia mundial capitalista, os EUA, somente após 1942, com a entrada na Segunda Guerra Mundial, o país conseguiu sair de fato da crise da década de 1930. No final da guerra, os EUA emergiram‐se como potência capitalista hegemônica, limitada devido a relação de forças entre as classes de um lado, e pela tendência da guerra inter‐imperialista em se transformar em revolução social de outro. É diante deste quadro que se estruturou a nova ordem econômica mundial após 1945.
O fato de a Segunda Guerra Mundial ter sido a única solução possível para a crise econômica marca uma diferença importante em relação à Primeira Guerra, na qual a questão principal era a redistribuição do mundo entre as potências imperialistas e não, para todos os protagonistas, a anexação à máquina capitalista enguiçada, de um motor artificial (a economia armamentista e, posteriormente, a economia de guerra) que seria, doravante, uma peça essencial para o funcionamento da economia capitalista mundial. A confiança do Reino Unido e dos EUA em sua Vitória na Segunda Guerra Mundial era completa. A conferência estabeleceu uma ordem monetária internacional “totalmente negociada”, “negociação”, no entanto, realizada sob a presença implícita de exércitos ainda em pé de guerra. Os representantes dos EUA propuseram a criação de um “Fundo de Estabilização” (que, finalmente, seria o FMI), que deveria oferecer recursos para os países, garantindo a reconstrução. O FMI foi criado para a operação do sistema, supostamente “para suprir instrumentos de crédito destinados a