quem é o homem
O problema mais importante da Antropologia filosófica surge ao perguntarmos: o que é o homem? O que constitui sua essência? O que o diferencia dos outros seres? Esta problemática surge basicamente a partir de três fatores: o homem é capaz de observar os fenômenos que o envolvem; sente-se ameaçado de extinção por alguns destes fenômenos; questiona-se sobre o aparente absurdo do própria existência.
Então, o que é o homem? Uma primeira resposta está implícita no próprio ato de perguntar. O homem é o único ser capaz de fazer perguntas. Todos os demais seres não se colocam este problema. Estão submetidos às leis e fenômenos e não tem a capacidade de se perguntar por sua essência ou pelas razões de sua existência.
O homem pergunta pelo seu próprio ser. Quer compreender e ter consciência de si. Mas identifica também sua incapacidade de se compreender de modo total. Seu conhecimento sobre si é limitado e parcial. No entanto está inquieto, deve expor para si mesmo as razões de seu existir.
O que é o homem? Esta pergunta reclama uma resposta nunca totalmente esgotada. É uma interrogação que não cessa enquanto existe a capacidade de pensar. Na história identificamos inúmeras respostas dadas a ela, com variados enfoques e métodos. Destas investigações acerca do ser do homem surgiu a Antropologia Filosófica.
A Antropologia filosófica de certo modo engloba as demais ciências na compreensão do ser humano. Isto no sentido de que se serve dos conteúdos por elas oferecidos, relacionando-os com seus próprios dados. Identifica alguns problemas já de saída: como afirmar a essência do homem? Os dados científicos (empírico-objetivos) são capazes de dar conta da essência do homem?
Segundo Coreth uma antropologia científica não é capaz de colher a totalidade do homem. As diversas ciências (medicina, psicologia, biologia, sociologia etc) são capazes de fornecer dados, mas nunca de esgotar os interrogativos apresentados pela Antropologia Filosófica. Isto se dá também