Quem não escreve bem, perde o trem
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO – 2014 – Profa. Talita Barizon-Poço
"Quem não escreve bem... perde o trem!” – A história do gerente apressado
Certa vez, um apressado gerente de uma grande empresa precisava ir ao Rio de Janeiro para tratar de alguns negócios urgentes. Como tivesse muito medo de viajar de avião, deixou o seguinte bilhete para a sua recém-contratada secretária:
Sabe o leitor o que aconteceu?
O gerente, simplesmente, perdeu o trem!
Por quê? Bem, acontece que Maria, a nova secretária, ao ler o bilhete, franziu a testa e, com uma cara desanimada e cheia de dúvidas, ficou pensando, pensando... até que, finalmente, decidiu: foi, à noite, à estação ferroviária e reservou um lugar, para o dia seguinte, no trem das 8h da manhã. Cumprida a tarefa, Maria foi para casa, com um sorriso nos lábios, contente por ter resolvido bem o primeiro problema em seu novo trabalho. Mas... a sua alegria ia durar pouco! Ao chegar ao emprego, no dia seguinte, a dedicada secretária teve a estranha impressão de estar vendo um fantasma diante de si: lá estava o gerente, tranquilo, fumando o seu perfumado cachimbo e assinando papéis, em meio a lentas e gostosas baforadas. Passado o primeiro susto, a perplexa Maria balbuciou:
— O senhor... ainda por aqui?
— Então, o que é que você acha? Onde é que eu deveria estar? — resmungou maquinalmente o gerente, enquanto, sem levantar a cabeça, continuava assinando papéis e cachimbando.
— Mas... mas... o senhor não ia para o Rio hoje?
— Ia, não... eu vou para o Rio hoje. Hoje à noite, não é mesmo? Não lhe pedi, ontem, para comprar uma passagem no trem das 8h de hoje à noite? Pois então... — continuou o gerente, falando entre os dentes, mordendo o cachimbo, com a cabeça enfiada nos papéis.
Atônita, a secretária, como fulminada por um raio, desabou na cadeira. Depois, pouco a pouco, foi recobrando os sentidos e recuperando as cores do rosto, ao mesmo tempo que ia disfarçando o