quem foi maria madalena
“Não é fácil escrever uma cena de amor para Jesus”, anotou o The New York Times, sobre este novo romance da americana Margaret George, que os brasileiros já conhecem por “As Memórias de Cleópatra”, com mais de 100 mil exemplares vendidos em seus três volumes que somam 1300 páginas.
Margaret conta a história da mais controvertida das personagens bíblicas – durante muito tempo imaginou-se que fosse prostituta – e não hesita em reconstituir seu relacionamento com Jesus.
Em certo momento, Madalena atira-se nos braços de Jesus e pergunta ardorosamente porque ele, afinal, não pode amá-la como ela o ama. Ele responde que ela poderia ser, sim, a mulher da vida dele – não tivesse Deus lhe reservado outro destino. Madalena, naquele momento, não se conforma: prefere que Jesus abandone seu projeto para entregar-se a ela.
Sim, a Madalena de Margaret George é emocional, impetuosa, pecadora e bondosa. Jesus gostava dela. Nasceu em família abastada e, apaixonada por Jesus, deu-lhe apoio material para seu apostolado e evolveu-se de tal forma na construção do Cristianismo que acabou abandonando a família e caindo no mundo para divulgar as idéias da nova religião.
Como fizera com Mary Stuart, Henrique VIII, Cleópatra, Julio César e Marco Antonio, Margaret revela de novo grande competência para recriar grandes personagens, ao mesmo tempo em que reconstitui o ambiente em que viveram. Da culinária à filosofia, do vestuário à geografia, tudo parece perfeito. Margaret não apenas pesquisou a Bíblia, os Evangelhos, os livros históricos e todos os documentos possíveis: ela também visitou os locais por onde Madalena, Jesus e seus seguidores andaram.
A Deusa
Os livros gnósticos (que a Igreja Católica não aceita) revelaram que Maria Madalena, além de ser a discípula (ou apóstola) preferida de Jesus, possuía dons espirituais que Jesus respeitava e a tornaram especial e muito próxima a ele. Margaret George, no entanto, acha desnecessário, pela