quem foi claude levi strauss
Entre 1935 a 1939, Lévi-Strauss lecionou sociologia na recém-criada Universidade de São Paulo, juntamente com os professores integrantes da missão francesa, entre eles: sua mulher Dinah Lévi-Strauss, Fernand Braudel, Jean Maugüé e Pierre Monbeig.
Junto com Dina, Strauss também excursionou por regiões centrais do Brasil, como Goiás, Mato Grosso e Paraná. Publicou o registro dessas expedições no livro Tristes Trópicos (1955), neste livro ele conta inclusive como sua vocação de antropólogo nasceu nessas viagens.
Em uma de suas primeiras viagens, no norte do Paraná, teve seu esperado primeiro contato com os índios, no Rio Tibagi, porém ficou decepcionado ao supor, sem muito conhecimento etnográfico, que "os índios do Tibagi (caingangues) não eram nem verdadeiros índios, nem selvagens" (Lévi-Strauss 1957:160-161).
Porém, ao final do primeiro ano escolar (1935/1936), ao visitar os cadiuéus na fronteira com o Paraguai e os bororos no centro de Mato Grosso, rendendo-lhe sua primeira exposição em Paris nas férias de (1936/1937), o que foi fundamental para a entrada de Lévi-Strauss no meio etnológico francês, conforme admite ele próprio: "Eu precisava fazer minhas provas de etnologia, porque não tinha formação alguma. Graças à expedição de 1936, consegui créditos do Museu do Homem e da Pesquisa Científica, ou do que acabaria se chamando assim. Com esse dinheiro, organizei a expedição nambiquara."
Em 1938, foi realizada uma expedição até os nambiquaras no Mato Grosso, com financiamento francês e brasileiro, que deveria durar um ano. No entanto, durou apenas seis meses - de maio a novembro do mesmo ano. Além do casal Lévi-Strauss, participaram o médico e etnólogo francês Jean Vellard e o antropólogo brasileiro Luís de Castro Faria, que aponta os problemas que a missão enfrentou com os órgãos públicos brasileiros, por contar com o patrocínio de Paul Rivet, ligado ao Partido Socialista francês, e que se tornara